O MELODRAMA
É o amuleto dos que se acham: INJUSTIÇADOS..
Já que eles querem:
Vamos chamá-los de COITADOS!
Mas nem sempre, é assim que a coisa funciona.
A imbecilidade, também dá DIPLOMA.
Por Ana Sousa
domingo, 25 de novembro de 2012
sábado, 20 de outubro de 2012
Raio-X humano.
Sorrisos artificiais,
palavras vazias.
Rostos maquiados com hipocrisias.
Ambição
Inveja
Raiva
Ostentação
PODRIDÃO...
Por Ana Sousa
Hoje estou bem romântica.
palavras vazias.
Rostos maquiados com hipocrisias.
Ambição
Inveja
Raiva
Ostentação
PODRIDÃO...
Por Ana Sousa
Hoje estou bem romântica.
sábado, 15 de setembro de 2012
Inexistente
A eternidade é para os fracos.
Só os fortes podem conviver com o efêmero!
O infinito é inviável;
é surreal;
é INEXISTENTE!
quarta-feira, 20 de junho de 2012
sexta-feira, 4 de maio de 2012
segunda-feira, 30 de abril de 2012
De Gramática e de Linguagem
"E havia uma gramática que dizia assim:
"Substantivo (concreto) é tudo quanto indica
Pessoa, animal ou cousa: João, sabiá, caneta".
Eu gosto das cousas. As cousas sim !...
As pessoas atrapalham. Estão em toda parte. Multiplicam-se em excesso.
As cousas são quietas. Bastam-se. Não se metem com ninguém.
Uma pedra. Um armário. Um ovo, nem sempre,
Ovo pode estar choco: é inquietante...)
As cousas vivem metidas com as suas cousas.
E não exigem nada.
Apenas que não as tirem do lugar onde estão.
E João pode neste mesmo instante vir bater à nossa porta.
Para quê? Não importa: João vem!
E há de estar triste ou alegre, reticente ou falastrão,
Amigo ou adverso...João só será definitivo
Quando esticar a canela. Morre, João...
Mas o bom mesmo, são os adjetivos,
Os puros adjetivos isentos de qualquer objeto.
Verde. Macio. Áspero. Rente. Escuro. luminoso.
Sonoro. Lento. Eu sonho
Com uma linguagem composta unicamente de adjetivos
Como decerto é a linguagem das plantas e dos animais.
Ainda mais:
Eu sonho com um poema
Cujas palavras sumarentas escorram
Como a polpa de um fruto maduro em tua boca,
Um poema que te mate de amor
Antes mesmo que tu saibas o misterioso sentido:
Basta provares o seu gosto..."
Mário Quintana
sábado, 21 de abril de 2012
Vai encarar?
Sabe-se lá,
quantas façanhas,
a vida ainda há de aprontar!
Eu permaneço aqui.
quantas façanhas,
a vida ainda há de aprontar!
Eu permaneço aqui.
PRONTA
Munida de escudo e coragem;
preparada para qualquer
AFRONTA.
Por Ana Sousa
sexta-feira, 16 de março de 2012
terça-feira, 13 de março de 2012
Citando
Eu só escrevo sobre coisas que me aconteceram....coisas que não consigo ultrapassar.
Felizmente,
sou bem autodestrutiva!
Por:
Amy Jade Winehouse.
Felizmente,
sou bem autodestrutiva!
Por:
Amy Jade Winehouse.
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Intensamente
Eu nunca sonhei alto demais;
apenas, tratei de ser capaz
DE
corresponder às minhas ilusões...
O destino, agente é quem faz;
basta, não olhar para trás
E
viver todas as emoções!
Quem vive INTENSAMENTE,
Não deixa nada pendente.
Por: Ana Sousa
Uma ótima semana para todos!
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Cecília Meireles
Seu pai morreu 3 meses antes do seu nascimento e sua mãe antes mesmo que completasse 3 anos.
"Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno".
(...) Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde foi nessa área que os livros se abriram, e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano."
Cecília publica seu primeiro livro de poesias"Espectro" em 1919 e, em 1923 lança "Pema dos Poemas" e "Nunca Mais". Dois anos depois publica a obra "Baladas para El-Rei".
Em 1922 Cecília se casa com o pintor português Fernando Correia Dias, com quem tem três filhas e cinco netos. O marido suicida-se em 1935 e Cecília casa-se, novamente, em 1940, com o professor engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo.
A escritora também teve grande influência no educação do país ao participar ativamente durante um ano do Diário de Notícias, uma página diária sobres problemas na educação.Viajou por vários países em conferências sobre Literatura, Educação e Folclore, no qual ela se especializou.
Enfim, Cecília teve uma vida sofrida porém, grandemente produtiva, no que concerne ás produções textuais.
Faleceu em 1964, sendo-lhe prestadas, grandes homenagens públicas.
Cecília ganhou o prêmio Machado de Assis dado pela Academia Brasileira de Letras um ano depois de sua morte.
Nada melhor do que encerrar este post com uma das belíssimas poesia de Cecília Meireles.
Uma ótima Sexta-feira a todos!
Pus-me a cantar minha pena com uma palavra tão doce, de maneira tão serena, que até Deus pensou que fosse felicidade - e não pena.
Anjos de lira dourada debruçaram-se da altura.
Não houve, no chão, criatura de que eu não fosse invejada, pela minha voz tão pura.
Acordei a quem dormia, fiz suspirarem defuntos.
Um arco-íris de alegria da minha boca se ergue apondo o sonho e a vida juntos.
O mistério do meu canto, Deus não soube, tu não viste.
Prodígio imenso do pranto: - todos perdidos de encanto, só eu morrendo de triste!
Por assim tão docemente meu mal transformar em verso, oxalá Deus não o ausente, para trazer o Universo de pólo a pólo contente!
Anjos de lira dourada debruçaram-se da altura.
Não houve, no chão, criatura de que eu não fosse invejada, pela minha voz tão pura.
Acordei a quem dormia, fiz suspirarem defuntos.
Um arco-íris de alegria da minha boca se ergue apondo o sonho e a vida juntos.
O mistério do meu canto, Deus não soube, tu não viste.
Prodígio imenso do pranto: - todos perdidos de encanto, só eu morrendo de triste!
Por assim tão docemente meu mal transformar em verso, oxalá Deus não o ausente, para trazer o Universo de pólo a pólo contente!
Por Ana Sousa
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Clarice Lispector
Ao mesmo tempo que ousava desvelar as profundezas de sua alma em seus escritos, Clarice Lispector costumava evitar declarações excessivamente íntimas nas entrevistas que concedia, tendo afirmado mais de uma vez que jamais escreveria uma autobiografia. Contudo, nas crônicas que publicou no Jornal do Brasil entre 1967 e 1973, deixou escapar de tempos em tempos confissões que, devidamente pinçadas, permitem compor um auto-retrato bastante acurado, ainda que parcial. Isto porque Clarice por inteiro só os verdadeiramente íntimos conheceram e, ainda assim, com detalhes ciosamente protegidos por zonas de sombra. A verdade é que a escritora, que reconhecia com espanto ser um mistério para si mesma, continuará sendo um mistério para seus admiradores. Abaixo, um dos textos confessionais de Clarisse que, possibilita revelações vislumbres de sua densa personalidade. A descoberta do amor
“[...] Quando criança, e depois adolescente, fui precoce em muitas coisas. Em sentir um ambiente, por exemplo, em apreender a atmosfera íntima de uma pessoa. Por outro lado, longe de precoce, estava em incrível atraso em relação a outras coisas importantes. Continuo, aliás, atrasada em muitos terrenos. Nada posso fazer: parece que há em mim um lado infantil que não cresce jamais.
Até mais que treze anos, por exemplo, eu estava em atraso quanto ao que os americanos chamam de fatos da vida. Essa expressão se refere à relação profunda de amor entre um homem e uma mulher, da qual nascem os filhos. [...] Depois, com o decorrer de mais tempo, em vez de me sentir escandalizada pelo modo como uma mulher e um homem se unem, passei a achar esse modo de uma grande perfeição. E também de grande delicadeza. Já então eu me transformara numa mocinha alta, pensativa, rebelde, tudo misturado a bastante selvageria e muita timidez. Antes de me reconciliar com o processo da vida, no entanto, sofri muito, o que poderia ter sido evitado se um adulto responsável se tivesse encarregado de me contar como era o amor. [...] Porque o mais surpreendente é que, mesmo depois de saber de tudo, o mistério continuou intacto. Embora eu saiba que de uma planta brota uma flor, continuo surpreendida com os caminhos secretos da natureza. E se continuo até hoje com pudor não é porque ache vergonhoso, é por pudor apenas feminino. Pois juro que a vida é bonita.”
Ana Paula
Fonte: Clarice Lispector
|
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
A poesia de hoje
Todos os dilemas, ou os vícios e virtudes da poesia moderna e contemporânea, poderiam ser resumidos ou ter sua origem num ponto apenas, que é o que concerne ao verso livre. Embora seja um exagero insistir em dizer que o “ciclo histórico do verso está encerrado”, parece ficar cada vez mais claro que o verso livre modernista — que, diga-se de passagem, a maioria pratica ainda imperitamente, sem fazer vacilar suas contradições e possibilidades constitutivas — experimenta um momento de estagnação. Em artigo publicado recentemente, Paulo Franchetti estuda na versificação contemporânea a “crise de verso” ou “crise do verso” na linguagem de alguns poetas. De acordo com o crítico, tornou-se já prática consagrada a “quebra arbitrária da frase, sem que se perceba na quebra mais do que o desígnio de quebrar”. Há algum tempo, num artigo publicado emSibila, onde avaliava a cena das revistas literárias, me referi a esses poetas que operam sobre o verso a partir tão-só do corte como “convencionais versemakers da fratura, da fragmentação”. Para Franchetti, uma parcela da poesia de hoje representa um “atestado de recusa do verso livre, ou de desconfiança nele como eficácia poética”. Enquanto isso, irmandades de poetas apuram suas ferramentas no aproveitamento acrítico desse verso fake resolvido na estabilidade de uma sempre e afetada elipse sintática.
Ana Sousa
Fonte: Poesia de Hoje
sábado, 7 de janeiro de 2012
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
A menina que vivia poesia
Era uma vez uma menina que só queria saber de poesia.
Na aula ela ficava tentando construir rimas com as frases ditas pela professora.
Na rua, ia lendo todas as placas e cartazes pelo caminho e tentando construir rimas.
Em casa, ela já não mais interpretava o que a mãe dizia, mas fazia poesia.
Seus amigos se afastaram pois não mais podiam tolerar aquele mundo unicamente poético no qual a menina vivia.
Um dia, sentada sozinha em um banco da praça, apenas ela e sua poesia, sentou-se ao seu lado um velho muito sábio que com a boca estremecida e cansada lhe contou sobre suas experiências de vida.
A menina ficou feliz.
Alguém conversara com ela novamente!
Alguém lhe dera atenção!
A cada experiência contada, espanto, risos, lágrimas tudo se misturou.
Daquele dia em diante a menina percebeu que, na verdade a poesia estava mesmo era nas coisas maravilhosas da vida e que as rimas mais ricas são as que com elas se sorri, se espanta, se chora.
A menina continuou a fazer poesia, mas agora, com a alma!
Ana Sousa.
Tenham um bom dia!
Assinar:
Postagens (Atom)